Economia

Liberações dos R$ 15 bi começam na próxima sexta-feira

O esperado socorro para empresas de todos os portes atingidas pelas inundações de maio está prestes a ser liberado. Com as regras estabelecidas pelo governo federal, os bancos e cooperativas iniciaram a organização do sistema, o contato com clientes e também os primeiros cadastros dos pedidos.

A liberação do dinheiro está marcada para a próxima sexta-feira, 21 de junho. Diretores do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se reuniram com representantes das mais de 40 instituições financeiras credenciadas para operar o modelo solidário, com os R$ 15 bilhões pelo Fundo Social.

Conforme o chefe do Departamento de Clientes e de Relacionamento Institucional do BNDES, Tiago Peroba, todos agentes financeiros conveniados poderão operar contratos com micro, pequenas e médias empresas, com faturamento de até R$ 300 milhões ao ano.

Esta listagem tem os bancos públicos (Caixa, Banco do Brasil), o Banrisul, instituições privadas e também cooperativas de crédito. Acima deste teto de faturamento, os contratos serão diretos com o BNDES.

De acordo com Peroba, os juros máximos de 0,6% e 0,8% por mês incluem o spread bancário (lucro do banco). Regra instituída pelo governo federal, diz o dirigente, é inédita no histórico e foi elaborada para auxiliar na retomada produtiva e econômica dos setores produtivos gaúchos.

Contato com a região

O chefe do BNDES ressalta a importância de uma das linhas, o crédito de reconstrução, em especial para o Vale do Taquari. Segundo o diretor do BNDES, as empresas poderão buscar qualquer um dos modelos, porém, as condições em termos de prazo para prédios com prejuízos estruturais foram pensadas para o cenário da região.

Para o presidente da Câmara da Indústria e Comércio do Vale (CIC-VT), Angelo Fontana, as condições de crédito são muito positivas, ainda assim, acrescenta outras medidas importantes, como mais prazos para financiamentos já contraídos antes da catástrofe e um fundo garantidor para operações.

Federasul cobra mais recursos

O vice-presidente da Federação das Entidades do RS (Federasul), Rafael Goelzer, considera as linhas insuficientes para a recuperação econômica gaúcha. Entre os apontamentos da entidade, está a criação de uma linha de crédito específica, a fundo perdido.

Também a redução da taxa de juros para capital de giro, com o teto de 4% ao ano. Além disso, a exclusão da limitação de acesso apenas cidades com decreto de calamidade, com uma ampliação para empresas que tiveram queda brusca no faturamento.

Para isso, seria necessário ampliar o valor disponível assim que os R$ 15 bilhões tenham sido exauridos.

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