Economia

Depois de ajustes, BNDES volta a liberar crédito especial para empresas gaúchas atingidas pelas enchentes

Depois de repensar a proposta e fazer alguns ajustes, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) volta a liberar, a partir da próxima semana, as contratações de crédito para empreendedores afetados com as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul.

A partir da próxima quarta-feira (10), pessoas jurídicas de direito privado de todos os portes (inclusive cooperativas), produtores rurais, transportadores autônomos de carga e empresários individuais do Rio Grande do Sul poderão contratar o crédito em instituições parceiras do BNDES. 

Poderão ter acesso às linhas de crédito no valor total de R$ 15 bilhões aqueles com negócios em áreas efetivamente atingidas pelos eventos climáticos extremos e que tenham sofrido perdas materiais, conforme delimitação georreferenciada realizada pela Empresa de Tecnologia e Informação da Previdência (Dataprev S.A.), conforme a Portaria do Ministério da Fazenda nº 1.098, de 04 de julho de 2024.

São três linhas de financiamento: máquinas e equipamentos, para financiamento à aquisição de máquinas e equipamentos para recompor a capacidade produtiva; investimento e reconstrução, para financiamento a projetos de investimento, como construção ou reforma de fábricas, galpões, armazéns, estabelecimentos comerciais, etc e capital de giro, para apoio financeiro para necessidades imediatas, como pagamento da folha e de fornecedores, recomposição de estoques e demais gastos para a manutenção e retomada das atividades.

Condições financeiras

A linha máquinas e equipamentos possui taxa de juros de até 0,6% ao mês, prazo de pagamento de até 5 anos (com até 1 ano de carência) e valor máximo de crédito por cliente de até R$ 300 milhões. Na linha investimento e reconstrução, a taxa de juros é de até 0,6% ao mês, com prazo de pagamento até 10 anos (com até dois anos de carência) e valor máximo de crédito por cliente é de até R$ 300 milhões.

E, na linha capital de giro, a taxa de juros é de até 0,9% ao mês, o prazo de pagamento de até 5 anos (com até 1 ano de carência) e o valor máximo de crédito por cliente de até R$ 400 milhões.

Espera

O anúncio do crédito emergencial ocorreu há cerca de um mês, mas acabou sendo suspenso. Setores econômicos repudiaram a suspensão, mas o governo federal alegou que empresas estavam dando um "jeitinho" para se enquadrar no benefício mesmo sem terem sido afetadas pelas cheias.

Agora, após rever regras da contratação, o BNDES anunciou que a medida passa a valer a partir da próxima quarta (10). Os empreendedores podem verificar o benefício diretamente com agências conveniadas ao BNDES.

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