Economia

Fintech WEEL revela média de atrasos por setor no pagamento de faturas em todo o País

(DF é o Estado mais pontual; já o setor de rádio e TV é o que mais atrasa; medição de atrasos diários mostra que a inadimplência nacional não é a de uma economia arrasada)

A WEEL, primeira fintech de crédito online sobre antecipação de recebíveis, divulgou nesta semana um relatório sobre a taxa média de atrasos no pagamento de faturas emitidas por empresas de 59 segmentos de atividade em 750 cidades de todos os Estados brasileiros constantes em sua plataforma.

MS lidera em atrasos, DF e RS são os mais pontuais

Os melhores níveis de solvência por Estado no período foram registrados por empresas operantes no DF e no RS, ambos com atraso médio de 1,3 dias, sendo seguidos por Tocantins (1,9 dias), Santa Catarina (2,1 dias) e Paraná (2,2 dias).

O Estado de São Paulo apareceu logo em seguida entre os pagadores mais pontuais, com atraso médio de 2,4 dias, enquanto o Rio de Janeiro registrou 2,6.

Minas Gerais apresentou o maior índice de atraso entre os Estados do Sudeste, com 4,0 dias de atraso. No Nordeste, por sua vez, índice idêntico foi registrado na Bahia.

Os maiores índices nacionais por dias de atraso de faturas foram constatados no Mato Grosso do Sul, com 9,0 dias de atraso médio, seguido por Mato Grosso (6,3 dias), Alagoas (6,2 dias), Rio Grande do Norte (6,1 dias) Pará (5,5), Espírito Santo (4,3) e Pernambuco (4,1).

Segmento de Produção de Vídeos quita faturas antes do prazo

Na medição por setor de atividade em todo o país, os maiores índices de atraso são do setor de comunicação (Rádio e TV), com 8,7 dias; serviços de transporte terrestre, com 6,3 dias; e obras de infraestrutura, com 4,9.

As empresas de produção de vídeo e serviços cinematográficos estão entre as que apresentaram os melhores índices de solvência, com pagamentos antecipados em 0,8 dias. Em seguida, vem o setor de terceirização de serviços de escritório, que atrasou em média 1,5 dias.

As áreas de reparo e manutenção de informática, e as de armazenamento e transporte de produto, se igualam em um atraso médio de 2,1 dias, um nível melhor que os 2,5 dias da indústria de alimentos.

A medição dos índices diários de atrasos da WEEL ajuda a entender as condições em que se manifesta o alto índice de inadimplência das empresas brasileiras que, segundo a Serasa Experian, atingia nada menos que 5 milhões do total de 6,4 milhões de estabelecimentos instalados no Brasil em julho último.

"Como a inadimplência passa a ser considerada como um dado imediatamente após o vencimento não quitado, a primeira impressão que se tem, diante dos dados oficiais, é a de uma economia arrasada numa situação de calote geral e irrestrito. Assim, essa nossa medição de atraso dia a dia contribui para reposicionar a análise e enquadrar a inadimplência real num panorama menos alarmante", afirma Simcha Neumark, fundador e CEO da WEEL.

Inteligência artificial derruba risco

As medições realizadas pela WEEL se baseiam na análise do fluxo de faturas emitidas por milhares de empresas brasileiras (clientes diretas ou por meio das parcerias com sistemas de ERP como Omie e SAP Business 1). Elas são providas pela plataforma WEEL de rastreamento online que identifica o trâmite de pagamentos e analisa as faturas utilizando algoritmos de avaliação de risco.

Além desses dados transacionais, a análise de risco da WEEL mobiliza informações de big data extraídos de cerca de 15 mil pontos de referência, incluindo bancos de dados privados, cartórios, bancos, redes sociais e cadastro de devedores. Dessa forma, a fintech WEEL consegue realizar a oferta de crédito no modelo de fomento mercantil (factoring digital), garantindo antecipação de recebíveis em questão de instantes para as pequenas e médias empresas que utilizam sua plataforma de negociação de faturas.

Atualmente, a WEEL dispõe de R$ 640 milhões para adiantamento de capital de giro nesta modalidade.

De acordo com Simcha Neumark, este tipo de avaliação de contexto em nível nacional e também setorizado ajuda a empresa a balizar seus algoritmos de risco para agilizar os empréstimos, garantindo, ao mesmo tempo, taxas de juros mais baixas que a média do mercado. "A redução das taxas e da burocracia em nossa operação de factoring digital decorre dessa associação de big data e inteligência artificial, o que tem nos permitido operar com uma taxa de inadimplência próxima de zero desde o primeiro trimestre deste ano", afirma o CEO.

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