Nos últimos dois anos, 53% dos pequenos negócios utilizaram algum tipo de crédito no Brasil. Os dados são de um levantamento inédito da plataforma Serasa Experian, com foco em analisar a relação das PMEs com esse serviço bancário no país. A pesquisa divulgada com exclusividade a PEGN, envolveu uma amostra representativa com 522 PMEs, e ouviu coordenadores, gerentes, diretores, sócios e proprietários de pequenas empresas.
Dentre as modalidades escolhidas pelos respondentes da pesquisa, o empréstimo bancário (24%) e a antecipação de recebíveis do cartão de crédito (23%) foram destaques de preferência. A primeira modalidade é popular no setor de indústria, enquanto a segunda é preferência no segmento do comércio.
"O crédito bancário é o principal meio de acesso ao crédito pela indústria, pois o segmento tem um relacionamento maior com os bancos", explica Cleber Genero, vice-presidente de pequenas e médias empresas da Serasa Experian. "Quando vamos para o setor comercial, isso se reverte um pouco. Esta área vende muito com cartão de crédito e por isso utiliza mais os seus recebíveis."
O mapeamento da plataforma ainda apontou que 89% dos entrevistados consultados dizem acreditar que, caso venham a solicitar crédito, teriam o pedido aprovado. O percentual aumenta para 95% entre empresas que já utilizam o cartão de crédito corporativo.
Contrastes
Apesar de indicarem uma percepção de melhora no acesso ao crédito, os dados devem ser lidos com cautela, pondera Genero. Segundo ele, a impressão mais otimista dos empreendedores se dá por que a maioria deles já possui relação com instituições financeiras, já que acessam outros tipos de serviços bancários. No entanto, o segmento ainda enfrenta dificuldades.
Não à toa, salienta o executivo, 47% das PMEs não contrataram produtos de crédito nos últimos 24 meses. Metade dessas empresas disseram ter a intenção de solicitar esses serviços, mas entre os empreendedores entrevistados 51% reclamaram das altas taxas de juros cobradas pelos empréstimos, enquanto 26% relataram dificuldades com a exigência de garantias feita pelos bancos.
"Se metade dessas empresas quer ter acesso ao crédito e aponta as taxas de juros e a burocracia como problemas, isso pode ser um indício de que elas estão tentando e não estão conseguindo", avalia o executivo. "[Além disso] a antecipação de recebíveis tem sido solicitada numa frequência mensal, ou seja, as empresas estão usando isso para pagar dívidas de curto prazo e ter capital de giro, que é o principal fator de necessidade das PMEs".
Para Genero, o levantamento aponta, por fim, que existe demanda por crédito, mas ainda há necessidade de minimizar os trâmites burocráticos que impedem o acesso ao serviço. "Vemos que existe uma oportunidade de auxiliar as pequenas empresas na desburocratização e no acesso ao crédito mais barato."
https://revistapegn.globo.com/empreendedorismo/noticia/2024/01/53percent-das-pmes-utilizaram-alguma-modalidade-de-credito-nos-ultimos-2-anos-aponta-pesquisa.ghtml
Dentre as modalidades escolhidas pelos respondentes da pesquisa, o empréstimo bancário (24%) e a antecipação de recebíveis do cartão de crédito (23%) foram destaques de preferência. A primeira modalidade é popular no setor de indústria, enquanto a segunda é preferência no segmento do comércio.
"O crédito bancário é o principal meio de acesso ao crédito pela indústria, pois o segmento tem um relacionamento maior com os bancos", explica Cleber Genero, vice-presidente de pequenas e médias empresas da Serasa Experian. "Quando vamos para o setor comercial, isso se reverte um pouco. Esta área vende muito com cartão de crédito e por isso utiliza mais os seus recebíveis."
O mapeamento da plataforma ainda apontou que 89% dos entrevistados consultados dizem acreditar que, caso venham a solicitar crédito, teriam o pedido aprovado. O percentual aumenta para 95% entre empresas que já utilizam o cartão de crédito corporativo.
Contrastes
Apesar de indicarem uma percepção de melhora no acesso ao crédito, os dados devem ser lidos com cautela, pondera Genero. Segundo ele, a impressão mais otimista dos empreendedores se dá por que a maioria deles já possui relação com instituições financeiras, já que acessam outros tipos de serviços bancários. No entanto, o segmento ainda enfrenta dificuldades.
Não à toa, salienta o executivo, 47% das PMEs não contrataram produtos de crédito nos últimos 24 meses. Metade dessas empresas disseram ter a intenção de solicitar esses serviços, mas entre os empreendedores entrevistados 51% reclamaram das altas taxas de juros cobradas pelos empréstimos, enquanto 26% relataram dificuldades com a exigência de garantias feita pelos bancos.
"Se metade dessas empresas quer ter acesso ao crédito e aponta as taxas de juros e a burocracia como problemas, isso pode ser um indício de que elas estão tentando e não estão conseguindo", avalia o executivo. "[Além disso] a antecipação de recebíveis tem sido solicitada numa frequência mensal, ou seja, as empresas estão usando isso para pagar dívidas de curto prazo e ter capital de giro, que é o principal fator de necessidade das PMEs".
Para Genero, o levantamento aponta, por fim, que existe demanda por crédito, mas ainda há necessidade de minimizar os trâmites burocráticos que impedem o acesso ao serviço. "Vemos que existe uma oportunidade de auxiliar as pequenas empresas na desburocratização e no acesso ao crédito mais barato."
https://revistapegn.globo.com/empreendedorismo/noticia/2024/01/53percent-das-pmes-utilizaram-alguma-modalidade-de-credito-nos-ultimos-2-anos-aponta-pesquisa.ghtml
