Economia

“Ritmo bastante forte”, avalia FEBRABAN sobre crescimento do crédito

Quando a pandemia da COVID-19 deu uma trégua para o comércio, deixando os empreendedores abrirm suas portas e retomar as vendas presenciais, surgiu um outro vilão: a inflação. A alta dos juros causou um efeito cascata, que tem como alvo direto as micro e pequenas empresas brasileiras (MPE). Uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), apontou o índice de continuidade de 85% dos empreendimentos no Brasil, mesmo com o baque gerado pela crise sanitária.

A prévia, que tradicionalmente a entidade divulga enquanto se aguarda no setor a Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central, significará o nono avanço mensal consecutivo, caso se concretize.

O destaque, mais uma vez, deve ficar por conta do segmento Pessoas Físicas, cuja perspectiva de expansão é de 1,8% em trinta dias, o que vai representar 19,5% no acumulado anual, patamar semelhante ao do recordista novembro de 2011 (+19,8%).

Tais constatações decorrem de dados consolidados fornecidos pelos principais bancos do país que, em conjunto, respondem por cerca de 90% do saldo total do Sistema Financeiro Nacional, dependendo das linhas de crédito consideradas.

Os recursos predominantes dentre os tomados pelas pessoas físicas em outubro (+2,1%) foram os da carteira livre (desvinculada de destinações específicas) voltados às famílias, o que consolida "uma oferta de crédito bastante positiva no último trimestre do ano", avalia a Febraban, acrescentando que isto contribui de forma expressiva para a retomada da atividade econômica.

Como único senão neste panorama, a Federação dos Bancos continua apontando o desempenho das pessoas jurídicas no tocante a crédito, com resultados mais modestos que, no caso do mês passado, incluem retração de 0,7% na carteira direcionada e crescimento de 1,5% na livre, resultado que desde outubro de 2010 não era obtido.

Por fim, a Pesquisa Especial de Crédito da Federação Brasileira dos Bancos aponta um recuo de 1,6% nas concessões de crédito realizadas no mês passado, de uma forma geral, o que não impede, contudo, o aumento de 13,7% para 15,5% no acumulado dos últimos 12 meses.

Fonte: Monitor Mercantil

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