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13º Simpósio: Central de Risco a transparência que reduz perdas

Ao abrir o painel sobre a nova Central de Risco, criada especificamente para atender a uma antiga demanda do setor, o diretor de relações com o mercado do SINFAC-SP e diretor comercial da ABRAFESC, Marcio Lima Gonçalves (Euro Money Fomento Mercantil), comentou o receio ainda reinante, entre os colegas, em torno da abertura de informações.

“São pensamentos ultrapassados, pois estamos numa época em que tudo se compartilha a todo momento. Não devemos esperar o grupo crescer para contribuir com ele, façamos sim é com que ele cresça, contando com a nossa firme participação desde já”, conclamou.

O diretor do Vadu, Michel Varon, endossou as palavras de Marcio, reforçando que “o futuro é a informação”. De acordo com ele, o problema não está no compartilhamento, mas na forma de proteger a informação para deixar o cliente feliz e evitar perdas.

O empresário relembrou a exclusividade de foco no fomento e a segurança extrema para evitar a utilização indevida de dados para a prospecção de clientes.

“A ferramenta proporciona segurança extrema no compartilhamento de dados; a aquisição de informações é feita de forma automática; dotada de filosofia cooperativa. Isto é, quem manda informações também as recebe”, resumiu o executivo, anunciando em primeira mão que o Vadu não vai mais cobrar a franquia mínima, apenas a consulta.

Partidária desta tese, a vice-presidente do Grupo Valorem e membro do Conselho da ParMais Investimentos, Charlote Odebrecht, lembrou ter desistido a uma antiga ferramenta do gênero, destinada exclusivamente a FIDCs, mas que viu diferenças marcantes em relação ao do Vadu, a ponto de ter colaborado durante a etapa de formatação.

“Se dividirmos informações, todos continuaremos enfrentando golpes, mas não será necessário que cem empresas ou mais também caiam. Nosso inimigo comum é o golpista, não a concorrência”, justificou.

João Paulo Fiuza, da One 7, concorda com essa visão, e também manifestou interesse de também participar intensamente deste processo, em benefício do setor.

“Ainda exploramos muito pouco o potencial do nosso país, no caso da antecipação de recebíveis. Para tanto, devemos estar unidos neste momento, em que é imprescindível sairmos da caixa”, acrescentou.

Na sequência, o diretor de Recursos de Terceiros do Banco Socopa, Daniel Doll Lemos, afirmou, na qualidade de custodiante, ser inconcebível algum player deixar de contribuir com o desenvolvimento de uma Central de Risco.

“A tecnologia vai melhorar, sem dúvida, mas a experiência de vocês, empresários, na hora de decidir a quem dar crédito, é insubstituível”, ponderou.

O executivo informou que a normatização da concessão de informações ocorreu a partir do Formulário 3040, de 2013, que foi adaptado pela CVM e pelo BACEN para os FIDCs. “As coisas estão avançando neste lado regulatório”, arrematou.

Fonte: Reperkut

https://www.sinfacsp.com.br/noticia/13o-simposio-central-de-risco-a-transparencia-que-reduz-perdas