Economia

Bancos brasileiros estão entre os mais impactados pela pandemia, para S&P

A combinação do aumento recente dos empréstimos bancários e a perspectiva de uma lenta recuperação da economia brasileira após os efeitos imediatos da paralisação dos negócios ocasionada pela pandemia do novo coronavirus colocou os bancos do Brasil na companhia das instituições da Colômbia entre os mais arriscados da América Latina, na perspectiva da agência de classificação de risco Standard and Poor's (S&P)

A avaliação levou em consideração a exposição dos bancos aos tipos de operações potencialmente mais impactadas.

Os negócios teoricamente mais problemáticos incluem o financiamento de dívidas com cartão de crédito, empréstimos pessoais, linhas para a aquisição de automóveis e empréstimos para os setores de imóveis comerciais, comércio, restaurante, turismo e transporte.

Já os empréstimos menos arriscados são aqueles vinculados ao crédito consignado e aos setores de comunicação, alimentação, exportação e agronegócio.

Na análise da S&P, os bancos do Chile são os menos arriscados da região. As linhas de crédito garantidas pelo FOGAPE, o fundo de garantia para pequenos empresários, tendem a contribuir para a recuperação mais rápida da economia chilena.

Em relação às instituições do México, a opinião da agência é de que os chamados bancos de nicho serão os mais afetados. Isso porque dependem da captação de recursos junto aos grandes investidores por meio dos chamados depósitos de atacado.

Os bancos mexicanos estão no grupo considerado como de risco moderado, junto com as instituições do Panamá e Perú. Os bancos da Argentina são considerados extremamente arriscados, na avaliação da S&P.

https://valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/empresas/noticia/2020/06/01/bancos-brasileiros-estao-entre-os-mais-impactados-pela-pandemia-para-sandp.ghtml