Fomento

Factoring, Securitizadora ou Fidc: Qual a melhor opção?

A busca de respostas para esta pergunta deu a tônica do curso “Alternativas Empresariais, Análise Comparativa”, ministrado ontem (28/02) na sede do Sindicato, por Ernani Desbesel.

Segundo o consultor, não existe fórmula pronta ou literatura que garanta 100% de êxito nessa escolha, cuja principal ferramenta é a experiência de quem já passou por uma decisão assim, ou então orientou algum cliente a tomá-la.

“A competitividade hoje se dá por duas vertentes principais. A primeira é o baixo custo, item onde a factoring sai perdendo, em decorrência da alta carga tributária incidente sobre o setor”, ensina o especialista.

“A outra, talvez para mim ainda a principal, é a questão de volume, de captação”, acrescentou Desbesel, referindo-se à possibilidade de se trabalhar com dinheiro próprio ou recursos de terceiros.

Essa, aliás, é considerada por ele a maior diferenciação de um negócio, porque às securitizadoras e aos FIDCs é permitida a captação. “Ou seja, o que no factoring é proibido, nessas outras modalidades trata-se de uma exigência”, observou.

Mas a primeira avaliação que deve ser feita, no seu entender, é se o negócio permite migrar para um ou outro tipo de empresa. Os três modelos são muito bons e interessantes, mas cada caso precisa de uma análise profunda para se entender os negócios realizados, o capital envolvido e tantas outras variáveis.

Quanto ao erro mais frequente cometido nesse campo ele considera a falta de informações suficientes e fidedignas envolvendo a maior quantidade possível de aspectos cruciais para o sucesso do futuro empreendimento. “Não basta ter só dinheiro e vontade, precisa estudar os diversos fatores envolvidos”, explicou o professor.

Buscando opções

O auditório do SINFAC-SP ficou lotado de empresários e profissionais do setor querendo conhecer melhor os prós e contras dos modelos empresariais mais comuns na área do fomento comercial.

Dentre eles esteve Luiz Fernando Fabrício, administrador da Marajoa Gestão Mercantil de Ativos, de São Carlos, que veio ao curso a fim de aprender novos conceitos para transmitir aos sócios da empresa, onde está desde 2014, após uma experiência de 28 anos no setor bancário.

“Pelo o que vi até aqui, certamente vou levar conhecimentos que poderão ser colocados em prática. O importante é prestar atenção aos muitos detalhes que estão sendo explicados e, chegando lá, procurar saber mais sobre o assunto”.

Para Adriane Moron Guitierrez, sócia há quatro anos da RDR Fomento, também valeu a pena participar. “A partir de 2016 eu tive uma grande redução de carteira de clientes bons que foram para fundos e securitizadoras por uma questão de caixa”, explicou a franqueada da Federal Invest, agência Santana.

“Na factoring, como a gente está no lucro real, há um custo bem maior na operação, eu chego a um limite de taxa e não consigo concorrer com essas empresas”, acrescentou a empresária.

Sua ideia é verificar se, futuramente, vai abrir ou fazer parte de uma securitizadora ou de um fundo para aumentar a competitividade da empresa no mercado.

“Mas não basta montar, você tem que saber como toda a estruturação tem de ser planejada, precisa seguir as normas certinho para não ter um problema lá na frente”, concluiu.

Fonte: Reperkut

http://www.sinfacsp.com.br/noticia/factoring-securitizadora-ou-fidc-qual-a-melhor-opcao