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ESC e Factorings. Quais as diferenças entre as duas?

Temos falado há bastante tempo aqui no blog sobre a importância das factorings para os micro e pequenos empresários, haja vista o descaso dos bancos com relação a linhas de financiamento para este tipo de negócios. Mas, vem por aí uma nova modalidade de financiamento para essa parcela crescente de empreendedores, as chamadas ESC – Empresa Simples de Crédito.

Será que elas virão para agregar ou colocarão em risco as atividades das factorings no país? Vamos entender melhor a relação entre essas duas modalidades de negócio?

 O que são as Empresas Simples de Crédito

 Como uma das propostas de ampliação do Simples Nacional, o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, propôs o Projeto de Lei da Câmara 125/2015, que visa a criação das Empresas Simples de Crédito (ESC).

A ideia é suprir a deficiência de crédito existente para micro e pequenos empreendedores, já que 55% deles não têm qualquer vínculo bancário por meio de pessoa jurídica pela falta de interesse dos bancos em abrir linhas de crédito para este perfil de público.

Segundo a proposta, estas empresas seriam enquadradas como EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, EI – Empresa Individual ou LTDA. Só poderão abrir linhas de financiamento com capital próprio, ou seja, não poderão emprestar de bancos para repassar os valores a terceiros e ainda estarão limitadas à cobrança de uma taxa de juros pré-fixada, sem a possibilidade de cobrança de outras taxas e impostos.

Além disso, as ESC poderão contar com a alienação fiduciária (apropriação de bens), poderão ter seu nível de endividamento máximo até três vezes o valor do patrimônio líquido da empresa e serão fiscalizadas pelo COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras.

Isso significa que uma pessoa que tenha um capital de cem mil reais, por exemplo, poderá abrir uma ESC e passar a realizar empréstimos às micro e pequenas empresas, além, é claro, dos MEIs. Tudo devidamente regulamentado e aceito pelo governo federal.

 O que isso implica para as factorings?

 Bom, as factorings trabalham com a compra de recebíveis mediante uma determinada taxa, adiantando os valores para que o pequeno empreendedor possa reunir o capital necessário para o pagamento de uma conta, a compra de um equipamento ou a expansão do negócio. Ou seja, trata-se de um dinheiro que o empreendedor já tem a receber, não configurando um empréstimo, mas sim, um adiantamento de valores. Coisa é que bastante comum no comércio em geral que se utiliza de meios de pagamento como cartões de crédito.

Comparando-se as factorings às ESC, essa é a grande diferença, já que, ao solicitar um financiamento pela ESC, o empreendedor estará contraindo uma dívida a longo prazo e não quitando uma dívida com antecipação.

Existem riscos para as factorings com a criação das ESC?

Neste primeiro momento pode parecer ameaçador ter um novo player no mercado com objetivos bastante semelhantes aos da sua factoring, mas a verdade é que não há com que se preocupar. O empreendedor consciente sabe que é melhor contar com um dinheiro que já existe, com uma venda que já foi realizada, do que contar com a sorte de vender futuramente para poder pagar um empréstimo.

O melhor a fazer neste caso é educar seu público-alvo, mostrando as vantagens de se antecipar pagamentos ao invés de contrair mais dívidas. Para isso, utilize sua participação em eventos, comunique-se com os empreendedores e invista em canais de atendimento ágeis e eficientes.

Faça sua parte e com certeza, mesmo com a aprovação da criação das ESCs, seu negócio estará seguro! E conte com o Sindisfac MG para obter mais esclarecimentos.

http://www.sindisfac.com.br/esc-e-factorings-quais-as-diferencas-entre-as-duas/