Economia

Atividade econômica abre o terceiro trimestre com queda de 0,1%

O terceiro trimestre do ano abriu com a economia em retração. Segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) houve queda de 0,1% em julho/16, já efetuados os devidos ajustes sazonais, na comparação com o mês imediatamente anterior (junho/16). Em comparação com o mesmo mês do ano passado (julho/15), houve retração de 3,2% na atividade econômica em julho/16. No acumulado do ano até julho/16, a atividade econômica brasileira exibiu contração de 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, a queda da atividade econômica em julho/16 é um sinal de que a recessão econômica pode se estender por mais um trimestre, antes de demonstrar qualquer sinal de estabilização. Desemprego em ascensão, inflação e juros ainda em patamares elevados continuam pesando negativamente sobre a atividade econômica.

 


Pelo lado da oferta agregada, a agropecuária recuou 1,5% em julho/16 e a indústria 1,4% neste primeiro mês do terceiro trimestre. Por outro lado o setor de serviços avançou 0,3% em julho/16, sendo o único componente da oferta agregada a apresentar crescimento.

Já do ponto de vista da demanda agregada, todos os componentes da demanda doméstica recuaram em julho/16: consumo das famílias (-0,7%); consumo do governo (-0,3%) e investimentos (-2,3%). Com alta de 4,9% nas exportações e queda de 6,9% das importações, estes componentes do setor externo evitaram um recuo ainda maior da atividade econômica em julho/16.

A série histórica deste indicador está disponível em http://www.serasaexperian.com.br/release/indicadores/atividade_ecomonica.htm.

Metodologia do Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal)

Na construção do Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) utilizam-se técnicas estatísticas de desagregação temporal com indicadores (Chow-Lin, Fernandez, Litterman e Santos Silva-Cardoso). Cada subcomponente do PIB Trimestral, sem ajuste sazonal, oriundo do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, foi desagregado, por cada uma das técnicas supramencionadas, utilizando-se séries de alta freqüência (mensais) altamente correlacionadas com a série a ser desagregada. Considerou-se como estimativa final de cada série mensal associada a cada um dos subcomponentes do PIB Trimestral a média aritmética simples dos valores mensais obtidos por cada uma das técnicas distintas de desagregação temporal.

As séries mensais finais dos subcomponentes foram utilizadas como indicadores para a obtenção das séries dos níveis hierárquicos imediatamente superiores, sempre considerando como estimativas finais, em cada etapa, as médias aritméticas dos valores obtidos pelas quatro técnicas de desagregação temporal. Tal procedimento foi conduzido até chegar-se à última desagregação temporal, ou seja, do PIB Trimestral Consolidado, sendo que, para tanto, consideramos como indicadores mensais as séries desagregadas dos componentes da oferta agregada.

Para a obtenção das estimativas mensais das séries do PIB Trimestral com ajuste sazonal, cada componente mensal desagregado nos procedimentos anteriores (sem ajuste sazonal) foram ajustados sazonalmente utilizando-se TRAMO/SEATS constituindo-se, assim, os indicadores mensais a serem utilizados nas técnicas de desagregação temporal das séries, com ajuste sazonal, do PIB Trimestral.

http://www.anfac.com.br/v3/informativos-noticias.jsp?id=1477