Em um cenário de juros altos, aumento da tributação e maior custo do crédito público, produtores e empresas do agronegócio vêm buscando alternativas ao financiamento tradicional.
A principal delas tem sido os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs), que se consolidam como uma fonte estratégica de capital para o setor.
Entre 2024 e 2025, o patrimônio líquido desses fundos cresceu 41,4%, alcançando R$ 690,58 bilhões.
No mesmo período, o número de fundos ativos avançou 32,1%, totalizando mais de 3.290 veículos.
A expansão coincide com o lançamento do Plano Safra 2025/26, que superou a marca de R$ 500 bilhões em crédito rural – o maior da história.
Apesar do volume inédito, todas as linhas de financiamento vieram com aumento nas taxas de juros, refletindo o impacto da Selic elevada e da necessidade de ajuste fiscal do governo federal.
Como resposta, empresas do agro passaram a intensificar a busca por crédito fora do sistema bancário.
“O FIDC surge como uma ponte direta com o mercado de capitais. É um modelo que oferece estruturas sob medida, ajustadas à realidade do produtor, desde os pequenos até grandes grupos com cadeias produtivas complexas. O crédito bancário, em muitos casos, tornou-se lento e caro demais. Já os FIDCs permitem previsibilidade e liquidez imediata, essenciais para quem vive do ciclo da produção”, explicou Pedro Da Matta, CEO da Audax Capital.
Com R$ 360 milhões em ativos sob gestão e um histórico de mais de R$ 5 bilhões em operações de crédito originadas, a Audax viu seu volume de créditos cedidos crescer 139% em 2024, atingindo R$ 720 milhões.
A empresa atende produtores e indústrias em 20 estados brasileiros, com foco em antecipação de recebíveis e soluções financeiras customizadas para o campo.
“As empresas estão procurando alternativas reais ao funding tradicional. E os FIDCs oferecem isso: agilidade, diversificação de investidores, divisão de risco e estruturas robustas de análise. A tendência é de avanço contínuo”, disse Da Matta.
Outro atrativo dos FIDCs está na sua estrutura flexível, que permite a criação de diferentes tranches – fatias com perfis variados de risco e retorno – para atrair desde investidores institucionais até pessoas físicas. Além disso, a digitalização dos processos de análise e originação de crédito aumentou a eficiência e reduziu a inadimplência. Na Audax, por exemplo, o índice de PDD (Provisão para Devedores Duvidosos) é de apenas 0,6%.
Com a expectativa de continuidade da política monetária restritiva e da pressão por responsabilidade fiscal, o papel dos fundos de recebíveis deve seguir crescendo.
Para o agronegócio, trata-se não apenas de uma alternativa emergencial, mas de uma mudança estrutural no modo de financiar a produção.
https://noticias.r7.com/prisma/mundo-agro/fidcs-ganham-forca-no-campo-em-meio-a-plano-safra-mais-caro-e-juros-elevados-30062025/
A principal delas tem sido os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs), que se consolidam como uma fonte estratégica de capital para o setor.
Entre 2024 e 2025, o patrimônio líquido desses fundos cresceu 41,4%, alcançando R$ 690,58 bilhões.
No mesmo período, o número de fundos ativos avançou 32,1%, totalizando mais de 3.290 veículos.
A expansão coincide com o lançamento do Plano Safra 2025/26, que superou a marca de R$ 500 bilhões em crédito rural – o maior da história.
Apesar do volume inédito, todas as linhas de financiamento vieram com aumento nas taxas de juros, refletindo o impacto da Selic elevada e da necessidade de ajuste fiscal do governo federal.
Como resposta, empresas do agro passaram a intensificar a busca por crédito fora do sistema bancário.
“O FIDC surge como uma ponte direta com o mercado de capitais. É um modelo que oferece estruturas sob medida, ajustadas à realidade do produtor, desde os pequenos até grandes grupos com cadeias produtivas complexas. O crédito bancário, em muitos casos, tornou-se lento e caro demais. Já os FIDCs permitem previsibilidade e liquidez imediata, essenciais para quem vive do ciclo da produção”, explicou Pedro Da Matta, CEO da Audax Capital.
Com R$ 360 milhões em ativos sob gestão e um histórico de mais de R$ 5 bilhões em operações de crédito originadas, a Audax viu seu volume de créditos cedidos crescer 139% em 2024, atingindo R$ 720 milhões.
A empresa atende produtores e indústrias em 20 estados brasileiros, com foco em antecipação de recebíveis e soluções financeiras customizadas para o campo.
“As empresas estão procurando alternativas reais ao funding tradicional. E os FIDCs oferecem isso: agilidade, diversificação de investidores, divisão de risco e estruturas robustas de análise. A tendência é de avanço contínuo”, disse Da Matta.
Outro atrativo dos FIDCs está na sua estrutura flexível, que permite a criação de diferentes tranches – fatias com perfis variados de risco e retorno – para atrair desde investidores institucionais até pessoas físicas. Além disso, a digitalização dos processos de análise e originação de crédito aumentou a eficiência e reduziu a inadimplência. Na Audax, por exemplo, o índice de PDD (Provisão para Devedores Duvidosos) é de apenas 0,6%.
Com a expectativa de continuidade da política monetária restritiva e da pressão por responsabilidade fiscal, o papel dos fundos de recebíveis deve seguir crescendo.
Para o agronegócio, trata-se não apenas de uma alternativa emergencial, mas de uma mudança estrutural no modo de financiar a produção.
https://noticias.r7.com/prisma/mundo-agro/fidcs-ganham-forca-no-campo-em-meio-a-plano-safra-mais-caro-e-juros-elevados-30062025/