Tecnologia

Brasil ‘sobe’ 5 posições no ranking mundial de ransomware

Qualquer empresa pública ou privada com grande fluxo de caixa tem estado na mira de um número crescente de cibercriminosos, embora só acabem repercutindo casos emblemáticos, como o que tirou do ar o site Americanas.com recentemente, causando prejuízos estimados em R$ 250 milhões.

Estudo exclusivo da consultoria alemã Roland Berger, desenvolvido para o jornal O Estado de São Paulo em caráter global, aponta que tais ocorrências dobraram em um ano no mundo, exceto no caso brasileiro, onde eles simplesmente se multiplicaram por nove no mesmo período.

O estrago por aqui tem estado nas mãos de pelo menos 17 quadrilhas, todas comprovadamente astutas em aproveitar falhas que vão de softwares a hardwares desatualizados, além de condutas vulneráveis praticadas pela maioria absoluta dos usuários de informática, seja nos escritórios ou nos home offices.

Em cifras, esta mistura de fatores deve custar algo em torno de US$ 20 bilhões em escala mundial, rombo com grandes possibilidades de se ampliar em mais de 10 vezes até a próxima década.

De acordo com o coordenador do curso de cibersegurança da FGV, Álvaro Martins, existe um flagrante descompasso entre o ritmo da transformação digital dos últimos anos e o desenvolvimento de tecnologias de segurança de dados.

"As empresas dizem que investem em tecnologia, mas isso não significa que elas estão investindo necessariamente em segurança digital", disse o especialista ao jornal paulistano.

Segundo o especialista, o crime organizado tem refinado cada vez mais suas ferramentas para promover os ataques cibernéticos, sem encontrar a devida contrapartida por parte de ações preventivas do lado das empresas, que continuam tendo seus cofres e a própria imagem prejudicada por todo esse quadro.

Fonte: Estadão

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