Economia

Bancos esperam crescimento de 11,8% no crédito em 2020, diz Febraban

As instituições financeiras estão mais otimistas em relação ao desempenho do crédito neste ano. A nova edição da Pesquisa Febraban de Economia Bancária, realizada entre 4 e 11 de novembro, projeta crescimento de 11,8% na carteira total neste ano. A estimativa anterior, de setembro, era de 9,4%.

O levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) é feito sempre após a divulgação da ata do Copom e tem o objetivo de captar percepções sobre o mercado de crédito. Segundo a Febraban, 15 bancos participaram da pesquisa neste mês.

De acordo com o levantamento, o setor prevê crescimento de 13,6% no crédito com recursos livres neste ano, acima dos 10,7% projetados anteriormente. Houve avanço em especial nas perspectivas para a carteira de pessoas jurídicas (alta de 15,7% na pesquisa de setembro e de 20,4% em novembro), refletindo a demanda por capital de giro.

Na carteira de pessoas físicas, a expectativa agora é de aumento de 7,8% neste ano, ante uma perspectiva de alta de 6,7% captada na edição anterior. Para o crédito direcionado, a projeção subiu de 7,6% em setembro para 8,6% na pesquisa mais recente.

“No geral, o crédito livre tem se beneficiado da recuperação da atividade, baixa taxa de juros e manutenção da elevada demanda por capital de giro pelas empresas” diz, em nota, o diretor de economia, regulação prudencial e riscos da Febraban, Rubens Sardenberg.

Os entrevistados não esperam novos cortes na taxa Selic. Mais da metade (57,1%) acredita que o ciclo de alta dos juros deve começar no segundo semestre de 2021 e 28,6% preveem uma subida já a partir do primeiro semestre. Uma parcela de 14,3% espera a manutenção da taxa atual, de 2% ao ano, ao longo de todo o ano que vem.

Para os entrevistados, a condução da política monetária não será alterada a partir da recente alta nos preços. Para 53,9%, haverá pressões inflacionárias, mas não o suficiente para levar o indicador para acima do centro da meta de 2021.

A maioria dos bancos (69,2% dos entrevistados) prevê crescimento da economia entre 2,5% e 3,5% no próximo ano. Uma parcela de 30,8% espera uma expansão do PIB superior a esse patamar, com o impulso de uma vacina contra a covid-19, solução fiscal e taxas de juros baixas, entre outros fatores.

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