São Paulo – O governo federal lança, na próxima segunda-feira, um portal de antecipação de recebíveis, canal destinado para empresas que fornecem produtos e serviços para a União, em um mercado estimado em cerca de R$ 48 bilhões por ano.
Batizado de Antecipagov, o portal desenvolvido pelo Ministério da Economia permitirá que empresas possam pedir adiantados até 70% de valores a receber. A proposta então será repassada a instituições financeiras que, por sua vez, poderão apresentar ofertas de prazos e taxas de juros.
A Reuters informou, em julho, que o governo publicou uma instrução normativa prevendo o portal de antecipação de recebíveis para seus fornecedores e que o objetivo principal era atender empresas médias e pequenas.
Segundo Elber Fabrício Laranja, cofundador da fintech Antecipa Fácil, que participou das provas de conceito da plataforma com o ministério, a expectativa é de que o modelo apresente aos tomadores taxa de juro de 0,5% a 2% ao mês, dependendo de prazos e características dos contratos.
“Com as garantias próprias de um modelo como esse, deve ser uma grande reforço para empresas, especialmente as que estão com muita pressão de liquidez devido à crise”, disse o executivo.
O objetivo inicial do ministério era que as transações ocorressem no modelo de leilão reverso, por meio do qual ganharia a transação aquele que ofertasse a menor taxa. Mas os bancos foram contra. Então, o tomador terá a opção de contratar a oferta que considerar melhor.
Concorrência – Os bancos, porém, terão a concorrência de outros grupos, como fundos de investimentos, cooperativas de crédito, uma vez que o funding poderá ser fornecido por qualquer instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central, mesmo que não seja regulada.
Pelos números do ministério, há cerca de R$ 56 bilhões em contratos ativos passíveis de serem alvos de servirem como garantia para pedidos de antecipação por meio do portal. Destes, cerca de R$ 12 bilhões estão distribuídos entre seis mil empresas com capital social de até R$ 5 milhões.
Por isso, diz o sócio da Antecipa Fácil, o canal tenderá a apoiar, sobretudo, empresas de pequeno e médio portes, segmento que tem tido grande dificuldade de acesso a empréstimos nos grandes bancos, estes temerosos de que a crise provocada pela pandemia de Covid-19 gere um salto nos índices de inadimplência.
“Esse vai ser um teste importante”, disse Fabrício Laranja. “Se o projeto der certo, outras esferas administrativas, como governos estaduais e municipais, devem copiá-lo e estender essa opção a milhares de outras empresas”. (Reuters)
https://diariodocomercio.com.br/financas/portal-de-antecipacao-de-recebiveis-sera-lancado-na-proxima-semana/
Batizado de Antecipagov, o portal desenvolvido pelo Ministério da Economia permitirá que empresas possam pedir adiantados até 70% de valores a receber. A proposta então será repassada a instituições financeiras que, por sua vez, poderão apresentar ofertas de prazos e taxas de juros.
A Reuters informou, em julho, que o governo publicou uma instrução normativa prevendo o portal de antecipação de recebíveis para seus fornecedores e que o objetivo principal era atender empresas médias e pequenas.
Segundo Elber Fabrício Laranja, cofundador da fintech Antecipa Fácil, que participou das provas de conceito da plataforma com o ministério, a expectativa é de que o modelo apresente aos tomadores taxa de juro de 0,5% a 2% ao mês, dependendo de prazos e características dos contratos.
“Com as garantias próprias de um modelo como esse, deve ser uma grande reforço para empresas, especialmente as que estão com muita pressão de liquidez devido à crise”, disse o executivo.
O objetivo inicial do ministério era que as transações ocorressem no modelo de leilão reverso, por meio do qual ganharia a transação aquele que ofertasse a menor taxa. Mas os bancos foram contra. Então, o tomador terá a opção de contratar a oferta que considerar melhor.
Concorrência – Os bancos, porém, terão a concorrência de outros grupos, como fundos de investimentos, cooperativas de crédito, uma vez que o funding poderá ser fornecido por qualquer instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central, mesmo que não seja regulada.
Pelos números do ministério, há cerca de R$ 56 bilhões em contratos ativos passíveis de serem alvos de servirem como garantia para pedidos de antecipação por meio do portal. Destes, cerca de R$ 12 bilhões estão distribuídos entre seis mil empresas com capital social de até R$ 5 milhões.
Por isso, diz o sócio da Antecipa Fácil, o canal tenderá a apoiar, sobretudo, empresas de pequeno e médio portes, segmento que tem tido grande dificuldade de acesso a empréstimos nos grandes bancos, estes temerosos de que a crise provocada pela pandemia de Covid-19 gere um salto nos índices de inadimplência.
“Esse vai ser um teste importante”, disse Fabrício Laranja. “Se o projeto der certo, outras esferas administrativas, como governos estaduais e municipais, devem copiá-lo e estender essa opção a milhares de outras empresas”. (Reuters)
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