Economia

De unicórnios a promessas, Brasil tem 17 “superfintechs”. Saiba quais são

Mesmo com uma taxa básica de juros estacionada em 6,5% ao ano, o Brasil segue um dos países com as maiores cobranças de alíquotas do mundo — e um terreno fértil para negócios que queiram transformar o segmento financeiro.

O país já possui 550 startups que atuam no setor, conhecidas como fintechs.

A competição é cada vez mais acirrada, mas algumas delas se destacam. Mais especificamente, 17 são consideradas “superfintechs.”

O termo, que designa startups do setor financeiro acima da média, está na pesquisa Fintech Mining Report. O estudo foi realizado pela plataforma de inovação para startups, empresas e investidores Distrito, em parceria com a consultoria KPMG.

Para escolher as “superfintechs” brasileiras, a pesquisa levou em conta bases de dados estruturadas (bancos de informação sobre empresas, por exemplo) e não-estruturadas (postagens em redes sociais e reportagens) para criar um algoritmo que avaliasse variáveis como faturamento previsto, rodadas de investimento captadas, escalabilidade e número de funcionários.

Elas vão desde fintechs esperadas, como Nubank e Stone Pagamentos, até algumas menos presentes na rotina dos consumidores finais.

Veja quais são as 17 “superfintechs” brasileiras:
De unicórnios a promessas

Duas das 17 “superfintechs” também são consideradas unicórnios, ou startups com um valor de mercado de um bilhão de dólares ou mais: Nubank (avaliada em 4 bilhões de dólares por captações com fundos de investimento) e Stone (aberta em bolsa, com valor de mercado de 7,4 bilhões de dólares).

Outras três estão na lista de próximos unicórnios, realizada em um estudo anterior da Distrito: a Conta Azul, que atua com contabilidade digital; a Creditas, que fornece empréstimos online com garantias como automóveis e residências; e a Ebanx, que processa pagamentos internacionais de gigantes como AliExpress e Spotify.

“Essas três são as próximas [a se tornarem unicórnios] da lista. Elas têm levantado recursos expressivos dos investidores, atraem a atenção do mercado e dos usuários e apresentam tração acima da média mesmo dentro do grupo selecionado de ‘superfintechs’”, explica Gustavo Gierun, cofundador da Distrito.

Fora das “superfintechs”, o estudo também elencou startups financeiras para ficar de olho — nos próximos anos, elas possuem boas chances de entrarem para esse seleto grupo. É o caso das startups 4all, Acesso, Asaas, Avante, Biz, BomPraCrédito, Concil, FinanZero, Finpass, IDWall, Iugu, Koin, Magnetis, Neurotech, Olivia, Omie, Rebel, Vindi e Warren.
O mercado para fintechs no Brasil

O Fintech Mining Report contabilizou 550 fintechs pelo Brasil, 231 delas criadas nos últimos dois anos. As startups  do setor financeiro foram divididas em 14 áreas de atuação: Backoffice, Câmbio, Cartões, Crédito, Criptomoedas, Crowdfunding, Dívidas, Fidelização, Finanças pessoais, Investimentos, Meios de Pagamento, Compliance, Serviços Digitais e Tecnologia.

A maior parte das fintechs está na categoria Meios de Pagamento (114), que inclui automação de processos de boletos e cobranças, facilitação de pagamento via mobile e soluções de pagamento no ponto de venda, como maquininhas de cartão. Em seguida, vêm as fintechs de Crédito (65), Backoffice (66), Compliance (51) e Criptomoedas (43).

Mais da metade é B2B, fornecendo serviços para outras empresas (54,4%), e estão no estado de São Paulo (57,9%). Sete a cada dez fintechs fatura até 5 milhões de reais anualmente e possui até 20 funcionários.

Para Gierun, o setor de fintechs está amadurecendo e apresenta um faturamento maior do que o visto em startups de outros segmentos. Mesmo assim, também sofre com desafios comuns aos negócios inovadores, como achar mão-de-obra qualificada, especialmente em áreas técnicas; promover a capacitação entre os próprios fundadores; o obter recursos.

“Investimento é um fator determinante para o crescimento das fintechs, especialmente em setores competitivos, como o de meios de pagamento. Mesmo assim, as fintechs conseguem se destacar frente aos bancos por sua agilidade no entendimento do consumidor. A liquidez no mercado brasileiro está crescendo e startups do setor financeiro bem posicionadas terão acesso a esse funding”, afirma o cofundador da Distrito.

Fonte: Mariana Fonseca, da Exame

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