Fomento

Fintechs e FIDCs são alternativas de acesso a crédito para micro e pequenas empresas

Todo empresário sabe que os procedimentos de acesso ao crédito pelas vias tradicionais, muitas vezes, são impactados por burocracias e altas taxas. É nesse sentido que começaram a surgir, nos últimos anos, alternativas mais facilitadas, como as Fintechs (startups financeiras) e os FIDCs (Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios). Algumas dessas alternativas foram apresentadas em um seminário realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), em Salvador, na última terça-feira, 19 de março.

O evento reuniu empresários de diversos setores interessados em obter mais informações sobre esses empreendimentos. Na abertura do seminário, o diretor técnico do Sebrae Bahia, Franklin Santos, destacou a necessidade de os empresários terem à disposição alternativas que facilitem o acesso ao crédito.

“O empresário vai precisar, em algum momento, de crédito para desenvolver seu negócio. Por isso, as Fintechs e os FIDICs estão crescendo cada vez mais surgindo em boa hora como uma alternativa, inclusive para as micro e pequenas empresas”, afirmou.

Participaram do evento representantes dos FIDCs Delcred, Annex Factoring, Vértigo e Finpass e das Fintechs IOOU, Antecipa e Antecipa Fácil. Cada um pôde apresentar seus produtos e serviços e, ao final, esclareceram dúvidas dos participantes. Eles falaram sobre oportunidades de crédito para antecipação de recebíveis, capital de giro (com e sem garantia) e investimento.

As Fintechs são, em sua maioria, startups que têm como objetivo inovar e otimizar serviços financeiros. Já os FIDCs são caracterizados como um condomínio de investidores, que unem recursos em favor de um investimento comum, aplicando-os nos chamados Direitos Creditórios (direitos derivados dos créditos que uma empresa tem a receber).

Antes das apresentações, o mestre em Finanças pela Universidade de Westminster, Tiago Cruz, falou sobre o cenário de crédito mundial e no Brasil. Comparou, por exemplo, a taxa básica de juro dos Estados Unidos, hoje em 2,3% ao ano, e a do Brasil, que chega a 6,5%.

“Apesar da diferença, essa é uma das taxas de juro mais baixas da história do Brasil. No entanto, o que acaba influenciado o crédito aqui é o fato de o país ter o segundo maior spread bancário (diferença entre a remuneração que o banco paga ao aplicador e o quanto cobra para emprestar) do mundo, que chega a 39%, atrás apenas de Madagascar, com 45%”, explicou o especialista.

Assim, prosseguiu Tiago, os bancos acabam, muitas vezes, se mostrando uma opção com taxas mais caras em relação ao investimento e, em alguns casos, pouco atrativas para os empreendedores.

Agilidade

O presidente do Conselho da Micro, Pequena e Média Indústria (COPEMI) da Fieb, Raul Menezes, destacou que o ponto em comum que unia os empresários presentes ao seminário era a procura por opções ágeis, sem burocracia e com taxas acessíveis.

“Esse é o propósito do evento. Apresentar essas alternativas para que os empresários possam ter acesso a essas informações escolher a melhor opção”, completou.

Ainda participaram do evento o superintendente da Fecomércio-BA, Jamerson Barreiro, o presidente do Conselho de Jovens Lideranças da Indústria da Fieb, Bráulio Barreto, e o vice-presidente da Fieb, Josair Bastos. O seminário foi realizado pela Fieb e contou com a parceria do Sebrae Bahia e da Fecomércio-BA.

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