Economia

Economia brasileira cresce 1,1% em 2018

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,1% em 2018, repetindo a taxa registrada um ano antes. Apenas no último trimestre daquele ano, a economia do país avançou 0,1% em relação aos três meses anteriores, feitos os ajustes sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em suas Contas Nacionais Trimestrais, divulgada nesta quinta-feira. Na comparação com o mesmo trimestre em 2017, o PIB cresceu 1,1%.

A média das estimativas do Valor Data apontava para um crescimento de 1,2% no ano, com intervalo de 1,1% a 1,2% de avanço. Para o quarto trimestre, a expectativa era exatamente de um crescimento de 0,1%.

A variação no ano veio em linha com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, que mostrou alta acumulada de 1,15% em 2018. No trimestre, o IBC-Br apontava alta de apenas 0,2%.

O IBGE também revisou o desempenho do PIB do terceiro trimestre, que cresceu 0,5% frente ao segundo trimestre, ante expansão de 0,8% divulgada anteriormente.

Oferta

Pelo lado da oferta, a indústria recuou 0,3% no quarto trimestre, na comparação com o terceiro, resultado que veio melhor que a expectativa de queda de 0,8% apurada pelo Valor Data. Em relação ao último trimestre de 2017, o PIB industrial encolheu 0,5%. Em 2018 como um todo, a indústria cresceu 0,6%.

O setor de serviços teve expansão de 0,2% de outubro a dezembro, no confronto com os três meses anteriores. A expectativa era de alta de 0,5%. Perante o quarto trimestre de 2017, houve ampliação de 1,1%. Em 2018, o setor cresceu 1,3%.

Já a agropecuária registrou ampliação de 0,2%, resultado abaixo da projeção média de avanço de 0,6% e do resultado do terceiro trimestre, de avanço de 0,8% (dado revisado). No confronto com o trimestre final de 2017, houve expansão de 2,4%. Em 2018, o PIB agropecuário cresceu 0,1%.

Demanda

Pelo lado da demanda, o consumo das famílias aumentou 0,4% no quarto trimestre de 2018, ante os três meses antecedentes, feito o ajuste sazonal. A expectativa era de elevação de 0,2%. No terceiro trimestre, frente ao segundo, o consumo das famílias havia crescido 0,5% (dado revisado de alta de 0,6%). Perante o intervalo de outubro a dezembro de 2017, o consumo das famílias registrou elevação de 1,5%.

Ainda no quarto trimestre de 2018, a demanda do governo, por sua vez, recuou 0,3% e a formação bruta de capital fixo (FBCF, medida das contas nacionais do que se investe em máquinas, construção civil e pesquisa) diminuiu 2,5% na comparação com os três meses anteriores. Em relação ao trimestre final de 2017, houve queda de 0,7% e ampliação de 3%, respectivamente.

Analistas consultados pelo Valor Data estimavam estabilidade para o consumo do governo e queda de 1,8% para a formação bruta de capital fixo.

Em 2018 completo, o consumo das famílias cresceu 1,9% e o do governo ficou estável, enquanto a formação bruta de capital fixo avançou 4,1%.

Por fim, a taxa de investimento atingiu 15,8% do PIB em 2018.

Setor externo

As exportações cresceram 3,6% enquanto as importações tiveram baixa de 6,6% entre outubro e dezembro de 2018, na comparação com o terceiro trimestre.

Consultorias e instituições financeiras esperavam, na média, aumento de 3,7% para as exportações e decréscimo de 5,8% para as importações.

De julho a setembro, as vendas externas tinham avançado 6,3%, dado revisado de aumento de 6,7% divulgado anteriormente. Já as compras tinham subido 9,4% no mesmo intervalo, dado revisado de alta de 10,2%.

No comparativo com o último trimestre de 2017, as exportações subiram 12% e as importações, 6%.

No ano, as exportações registraram alta de 4,1% e as importações subiram 8,5%.

https://www.sinfacsp.com.br/noticia/economia-brasileira-cresce-11-em-2018-valor-economico