Economia

Crédito deve ajudar desempenho do Bradesco


 
O Bradesco buscará um melhor desempenho nas carteiras de crédito de pessoas físicas e pequenas e médias empresas (PMEs). A ideia é compensar o impacto da queda do spread bancário na margem financeira da instituição.

No último trimestre de 2018, a margem financeira do banco atingiu R$ 16,781 bilhões, uma alta de 6,1% em relação a igual período de 2017. No acumulado do ano passado, no entanto, o avanço foi comedido, de R$ 63,102 bilhões para um total de R$ 63,300 bilhões (+0,3%) na mesma comparação.

De acordo com o diretor de relações com o mercado do Bradesco, Carlos Firetti, foi o “bom desempenho de seguros e de crédito” ao longo do ano que mantiveram a margem financeira em bons níveis. “Os spreads [prêmios] estão comprimidos e, nesse sentido, a única solução para a margem financeira é crescer em volume”, explica.

“Estamos crescendo a carteira de crédito com um mix favorável entre pessoas físicas e PMEs e esperamos que a continuidade desse aumento em 2019 permita um avanço mais expressivo dessa margem financeira e compense a queda gradativa que temos visto no spread”, completa Firetti.

A carteira de crédito expandida total do banco privado, por exemplo, registrou um aumento de 7,8% no quarto trimestre de 20189 ante igual intervalo de 2017, de R$ 492,3 bilhões para R$ 531,6 bilhões.

O avanço veio puxado pela alta de 11% no crédito às pessoas físicas (para R$ 194,7 bilhões) e no crescimento de 10,1% na carteira de MPMEs, para R$ 101,6 bilhões. As grandes corporações, por sua vez, registraram um avanço de 4,5% na mesma base de comparação, de R$ 225,2 bilhões para R$ 235,3 bilhões.

Segmento Corporate

Nos grandes negócios, os executivos do Bradesco ponderam a demanda ainda limitada. “Existem algumas premissas para que a demanda das grandes empresas volte, como a reforma da Previdência. Mas a grande expectativa é de crescimento nas operações de mercado de capitais”, completa Firetti, diretor da instituição.

O banco registrou lucro líquido de R$ 5,83 bilhões no último trimestre de 2018, avanço de 19,9% em 12 meses. Ao final do pregão de ontem, os papéis do Bradesco estavam entre as maiores altas, com ganhos de 5,65% (PN) e 3,71% (ON).    

https://www.dci.com.br/economia/credito-deve-ajudar-desempenho-do-bradesco-1.776848