Economia

Otimismo: micro e pequenos empresários planejam ampliar vendas e investimentos

Após um cenário turbulento na economia e na política, micro e pequenos empreendedores, inclusive os mineiros, estão otimistas e apostam em um 2019 bem melhor que este ano. Pesquisa divulgada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta sete em cada dez empresários mais esperançosos com a chegada do Ano Novo.

No levantamento, empreendedores listaram a corrupção, as altas taxas de juros e o elevado índice de desemprego como os principais vilões para a economia neste ano.

“O resultado da eleição mostrou que o brasileiro, de um modo geral, não tolera mais a corrupção. E isso também se reflete nos pequenos negócios, que representam a grande força da nossa economia. Prova disso é que estes empresários apostam na mudança no governo e em crescimento de vendas para o próximo ano”, analisa o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.

“Essa crise está durando muito mais que outras, porque, além do problema econômico e político, há a crise moral junto. Acredito que o primeiro motivo para o otimismo com a economia é o fato de a crise política estar minimizada, porque já passamos a eleição e o mercado acalmou”, avalia Sônia Jordão, consultora de empresas e coach empresarial de finanças.

Segundo ela, como nesses últimos anos todo mundo ficou com maior receio de perder o emprego, a tendência foi segurar mais o dinheiro.
“Quando começam a falar que as coisas vão melhorar, ocorre o inverso e as pessoas voltam a consumir e as empresas passam a investir mais”, diz.

Sócio-diretor da galeria Periscópio Arte Contemporânea, no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte, Rodrigo Mitre já faz uma projeção otimista para o ano que vem. 

“A expectativa é de crescimento entre 40% e 50% do faturamento em comparação a 2018. Claro, somos uma empresa ainda muito jovem, entrando no quarto ano de vida, mas com um trabalho se consolidando no mercado nacional”.

Mitre afirma que está na fase da construção do valor da Periscópio, mas que as possibilidades para 2019 são realmente de crescimento. 

“Estamos investindo muito em pesquisas na área da comunicação digital. A ideia é ampliar nossas vendas via redes sociais e plataformas digitais. Outra questão são novas praças fora de Belo Horizonte. Já somos bem conhecidos em São Paulo e queremos agora começar a entender nossa aderência em regiões como Rio de Janeiro e Brasília”, conta.

Ângela Mathylde, diretora da clínica Aprendizagem e Companhia, especializada em prevenção, reabilitação e desenvolvime[/TEXTO]nto pessoal ou profissional, atribui à crise a queda na receita da empresa em 2018. 

“Neste ano, faturamos 50% apenas do que foi registrado em 2017. Antes, por mês, eram cerca de R$ 200 mil a R$ 300 mil. Já neste ano, a receita por mês foi em média de R$ 100 mil”, disse . 

Com unidades em Belo Horizonte e em Betim, na região metropolitana, a diretora da clínica vê perspectivas de um mercado mais seguro em um futuro próximo e indica os rumos para voltar a crescer em 2019.

“As parcerias são fundamentais nesse processo. Agora a clínica vem trazendo um laboratório de pesquisa que vai fazer atendimento de qualidade a baixo custo para a sociedade. Outra coisa são parcerias com faculdades nacionais e internacionais, trazendo mestrado, doutorado e formação a um custo acessível. Também vamos continuar a investir na formação e capacitação dos profissionais”. 

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