Economia

Atividade se recupera, mas em ritmo mais gradual que o esperado, mostra boletim regional do BC

A atividade econômica cresceu em quatro das cinco grandes regiões do país no período pós-greve dos caminhoneiros, com destaque para o Sul e o Nordeste, que apresentaram as maiores taxas de expansão. No Norte, o sinal ainda foi negativo, mas a queda arrefeceu, segundo dados do boletim regional divulgados nesta terça-feira (20) pelo Banco Central.

Segundo o BC, o Índice de Atividade Econômica (IBCR) da Região Sul saltou 3,2% no trimestre até agosto, sobre aquele até maio, quando caiu 1,3%. No Nordeste, o IBCR subiu 1,5%, após recuo de 2,1% no trimestre até maio, a maior queda entre as regiões.

Na média do país, a atividade cresceu 1,9% no trimestre até agosto, após queda de 1,4% no trimestre até maio, na série com ajuste sazonal.

Por causa da paralisação, que durou 11 dias em maio, todas as regiões tiveram queda na atividade no trimestre encerrado naquele mês. Segundo o BC, a recuperação nas regiões no período pós-greve mostrou a “resiliência” da atividade no país, mas que embora tenha havido uma normalização da produção, a economia cresce a um ritmo menor do que era esperado no início do ano.

A expansão mais forte no Sul foi puxada pelo crescimento no volume de serviços não financeiros e, principalmente, pelo incremento da produção industrial. No Nordeste, a indústria cresceu 7,9% no período e puxou o desempenho da região.

As regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentaram crescimentos inferiores à média para o país, porém, foram as que tiveram os menores impactos no trimestre até maio. A economia do Sudeste cresceu -0,9% no trimestre até agosto, depois que cair 0,5% no trimestre até maio. O Centro-Oeste se expandiu 0,5%, após retração de 0,5% no período anterior, na série com ajuste sazonal.

No Norte, a queda do IBCR decorreu da defasagem dos efeitos da paralisação, em especial sobre a indústria de transformação da região. A atividade na região caiu 0,9% no trimestre anterior.

https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/11/20/atividade-se-recupera-mas-em-ritmo-mais-gradual-que-o-esperado-mostra-boletim-regional-do-bc.ghtml