Economia

Com duplicata eletrônica, taxa para antecipar dinheiro a receber pode cair 2 pontos

A adoção da duplicata eletrônica pode implicar uma redução de até dois pontos percentuais dos valores cobrados pelos fundos especializados em antecipar recebíveis, de acordo com entidades do setor.

A medida foi aprovada pelo Senado no mês passado e ainda seguirá para a sanção presidencial e implementação.

As fraudes comuns, como uso de documento falso ou de nota para conseguir mais de uma linha de crédito, serão coibidas, diz Luiz Leite, presidente da Anfac (Associação Nacional de Fomento Comercial).

“Com a centralização de operações prevista em lei, os problemas deverão ser resolvidos.”

“A expectativa é que a oferta [de antecipação] vai se ampliar, inclusive com entrada de instituições que hoje não atuam no setor”, diz Fernando Fontes, da Central de Recebíveis, uma homologadora.

A estimativa dele é que a queda da taxa cobrada poderá chegar a dois pontos percentuais.

“O mercado cobra 4,5% em média, mas deve caminhar para 3%”, diz Thiago Chiliatto, sócio da Antecipa Fácil, plataforma em que se negociam títulos.

Os valores variam de acordo com o porte da empresa que emitiu a duplicata, segundo Luis Carvalho, da Anfidc (associação dos participantes em fundos de direitos creditórios).

“Uma grande companhia já consegue fechar contratos com bons valores, mesmo sem a duplicata eletrônica. O benefício da nova lei vai para as pequenas empresas.”

“Existe uma dispersão de 1,15% a 4% de taxa de desconto, de acordo com a percepção de risco do agente financeiro”, diz Fernando Kalleder, da CRDC, uma empresa do setor.

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