Economia

FGV: confiança empresarial sobe 0,9 ponto em julho ante junho e vai a 91,6 pontos

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) avançou 0,9 ponto em julho ante junho, alcançando 91,6 pontos, informou nesta terça-feira, 31, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado recupera apenas parte da queda de 2,0 pontos registrada no mês anterior. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,6 ponto, o quarto mês consecutivo de quedas.

"A alta da confiança empresarial em julho confirma a recuperação gradual do setor produtivo após o susto com a greve dos caminhoneiros do final de maio. O resultado expõe aspectos positivos e negativos. O destaque favorável é a alta do Índice da Situação Atual para o maior nível desde julho de 2014, sinalizando que a roda da economia continua girando, ainda que lentamente. O aspecto negativo é a terceira queda seguida do Índice de Expectativas, indicando que a redução de otimismo dificilmente será revertida até que as incertezas eleitorais se dissipem", avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria de Transformação, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

Em julho, o Índice da Situação Atual (ISA-E) aumentou 1,1 ponto, para 90,3 pontos, maior nível desde julho de 2014, quando estava em 90,7 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-E) diminuiu 0,2 ponto, para 97,2 pontos, mantendo a tendência de queda iniciada em maio.

A maior alta entre os componentes no mês foi a do Índice de Confiança da Construção, de 1,7 ponto, para 81,0 pontos, ainda o patamar mais baixo dos quatro setores investigados. O Índice de Confiança de Serviços, com avanço de 0,8 ponto, exerceu a maior contribuição positiva para a alta do índice agregado. Já o Índice de confiança do Comércio recuou 0,8 ponto, enquanto o da Indústria ficou estável.

No mês de julho, houve melhora na confiança em 63% dos 49 segmentos que integram o ICE. Considerando-se as médias móveis trimestrais, a proporção de segmentos em alta cresceu de 36% em junho para 46% em julho.

A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.835 empresas dos quatro setores entre os dias 2 e 25 de julho.

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