Economia

Decisão do BC deve estimular banco a cortar juros, diz Moody’s

A decisão hoje do Banco Central de manter a taxa básica de juros no Brasil na mínima histórica de 6,5% deve estimular os bancos a reduzirem as taxas para os clientes, pois os custos de captação das instituições financeiras tendem a diminuir, avalia a agência de classificação de risco Moody’s.

“A continuidade da demanda limitada por crédito provocará uma redução gradual do ‘spread’ bancário à medida que a concorrência entre as instituições se intensifica”, afirma em nota a diretora-gerente da Moody’s para bancos nas Américas, Celina Vansetti-Hutchins.

A decisão do BC foi contra o que o mercado financeiro esperava. A expectativa era a de que o Copom reduziria em 0,25 ponto percentual a taxa, baixando-a para 6,25% ao ano.

Na avaliação do Copom, o cenário básico e o balanço de riscos tornam desnecessárias uma flexibilização monetária adicional, ou seja, uma redução da taxa. O órgão reitera que vê como adequada, para as próximas reuniões, a manutenção da taxa de juros no patamar corrente.

Itaú anuncia redução

O Itaú Unibanco anunciou nova redução dos juros cobrados nas linhas de cheque especial e de empréstimo pessoal, embora o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) tenha optado por manter a taxa Selic em 6,5% ao ano. O banco não vai mexer nas taxas mínimas cobradas nessas modalidades, mas informou, em nota à imprensa, que o juro médio cobrado no cheque especial sai de 11,90% para 11,50% ao mês.

“Estamos comprometidos com o processo de redução das taxas de juros para os clientes e temos feito sucessivos cortes em diversas linhas de produtos nos últimos meses. Temos consciência da relevância do nosso papel no processo de recuperação da economia, por meio da concessão de crédito”, destaca o presidente do Itaú, Candido Bracher, em nota à imprensa.

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