Economia

Concorrência sobe no mercado de cartões

A concorrência do mercado de adquirência no Brasil ganha força à medida que surgem novos players e empresas já atuantes intensificam sua participação, de modo a tentar aproveitar a retomada econômica, mesmo que gradual.

Por outro lado, as companhias líderes do segmento, como a Cielo – controlada pelo Banco do Brasil e Bradesco – acreditam que continuarão com grande participação nesse cenário.

Na última sexta-feira, em teleconferência com a imprensa, Eduardo Gouveia, CEO da Cielo, comentou que, ao focar nas três estratégias da empresa (evolução digital, gente, eficiência no custo e cliente), e com os reflexos positivos da situação macroeconômica atual, as perspectivas são positivas para este ano.

“Vamos investir cerca de R$ 400 milhões em nossa base de equipamentos, a fim de tornar a experiência do cliente ainda melhor e, consequentemente, impulsionar a indústria de meios de pagamentos", disse, sinalizando otimismo.

Ele também espera elevar o número de aplicativos da Cielo LIO, um smart terminal. "Temos 36 mil Cielo LIOs na rua com mais de 60 aplicativos homologados. Nossa perspectiva é fechar o primeiro trimestre de 2018 com 90 apps, o que permite uma experiência altamente customizada e aderente ao perfil do negócio de cada lojista", explicou o executivo na teleconferência, que apresentou o balanço da Cielo no quarto trimestre – lucro de R$ 1,04 bilhão, aumento de 3,1% ante igual período de 2016.

Além disso, Gouveia anunciou o lançamento da Cielo ZIP, equipamento stand alone que oferece todos os serviços de uma máquina em versão compacta, focada no mercado de microempreendedores.

Porém, Rafael Durer, consultor de serviços financeiros, comenta que empresas como a GetNet – braço do Santander Brasil – estão também focadas em elevar seu market share, após um começo frustrante.

Na semana passada, inclusive, ao apresentar o balanço do Santander, Sérgio Rial, presidente-executivo do banco, afirmou que quer elevar a participação de 13% para 15% no segmento de meios de pagamentos eletrônicos. “Nossa ambição nesse mercado é ilimitada”, disse a jornalistas.

Para o consultor entrevistado pelo DCI, Cielo e Rede –controlada pelo Itaú Unibanco – devem continuar a liderar o setor de adquirência nos curto e médio prazos.

Rafael Durer comenta também que a entrada dos sub adquirentes deve ser cada vez mais positiva tanto para os lojistas que precisam de serviços mais personalizados, quanto para os adquirentes que, por meio de parcerias com as sub credenciadoras, podem acessar um público que não utilizava os cartões.

https://www.dci.com.br/financas/concorrencia-sobe-no-mercado-de-cart-es-1.681668