Fomento

Riscos têm ao menos quatro níveis de gestão nas Factorings e Securitizadoras

"Não existe gestão de risco adequada mantendo-se apenas uma grande barreira na hora da operação, isto é, o analista de crédito olhando o poder de pagamento do sacado”. A frase é de Ernani Desbesel, que ontem (26/07) ministrou, na sede do Sindicato, o curso “Gestão de Riscos nas Empresas do Setor”.

Segundo o especialista, embora o risco de crédito seja muito importante, ele é suplantado pelo risco operacional, representado por rotinas malfeitas ou até mesmo inexistentes. “A vulnerabilidade das nossas empresas é diretamente proporcional à falta de processos adequados”, sentenciou o professor.

Ao abordar as barreiras desejáveis contra a realização de maus negócios, ele identificou a existência de pelo menos quatro níveis.

O primeiro deles é o comercial, “pois a gente precisa achar clientes com os quais realmente queira trabalhar”, justificou.

Depois vem o cadastro de crédito, etapa investigativa cujo objetivo é colocar dentro da empresa apenas os bons cedentes.

Já o terceiro nível de barreira é a análise de crédito da operação em si, vindo, por fim, a controladoria, “onde se alguma coisa passar deve ser em proporção pequena, de tal forma que a gente consiga resolver”, acrescentou Desbesel.

Lições de casa

Para Leila Paola Costa Calamita, gerente de relacionamento da Porto Bravo Securitizadora, de Barueri, ficou clara a mensagem de que o comercial não deve apenas captar, mas sim ter uma visão do todo, considerando a necessidade de trazer clientes com o menor potencial de risco possível.  

“Para mim está sendo muito interessante entender um pouco essa parte operacional que o professor está passando, certamente só tem a acrescentar”, afirmou a profissional.

No entender do sócio-gestor da Prima Qualitá, de Jundiaí, Fabiano Disposti, participar de mais este curso valeu a pena. “Vim aqui hoje visando minimizar os riscos do nosso negócio e estou atingindo o objetivo”, assegurou.

Embora considere estar no caminho certo, ele reconhece haver sempre algo a melhorar. “Há alguns detalhes que o Ernani passou e a gente não estava colocando em prática no dia a dia, mas a partir de agora vamos começar a implantar e isso deverá otimizar bastante o nosso trabalho”, previu.

Fonte: Reperkut

http://www.sinfacsp.com.br/noticia/riscos-tem-ao-menos-quatro-niveis-de-gestao-nas-factorings-e-securitizadoras