Economia

Santander Brasil tem lucro gerencial 37,3% maior no 1º trimestre

SÃO PAULO - Maior banco estrangeiro em operação no país, o Santander divulgou nesta quarta-feira que teve um lucro líquido societário de R$ 1,824 bilhão no primeiro trimestre de 2017, uma alta de 50,4% em relação ao mesmo período do no passado. Já o lucro líquido gerencial, que corresponde ao lucro líquido societário mais reversão da despesa de amortização de ágio, foi de R$ 2,28 bilhões no primeiro trimestre, alta de 37,3% frente ao mesmo período de 2016.

De acordo com dados do banco, a unidade brasileira do Santander puxou os ganhos do banco espanhol e representou 26% do lucro total da instituição no período, superando o Reino Unido, que contribuiu com 17%. Já a participação da Espanha ficou em 15%.

De acordo com dados divulgados nesta manhã pelo Santander, a carteira de crédito ampliada do banco atingiu R$ 325,4 bilhões no primeiro trimestre do ano, crescimento de 4,3% em 12 meses. Em relação ao trimestre anterior, o crescimento foi de 0,8%. Na apresentação dos resultados de 2016, o presidente do Santander Brasil, Sergio Rial, disse que o ano já começava mais positivo no capítulo do crédito.

— O início de 2017 representa para nós mais uma mudança de patamar: ultrapassamos pela primeira vez a casa dos R$ 2 bilhões de lucro líquido e antecipamos em sete trimestres a meta de rentabilidade estabelecida para o fim de 2018 - afirmou Rial.

A carteira de crédito para pessoa física cresceu 9,8% em relação ao primeiro trimestre de 2016 e 2,8% em três meses. O empréstimo consignado foi a modalidade de empréstimo com maior crescimento no trimestre: alta de 31,7% em um ano e 9,2% no trimestre. O financiamento ao consumo teve evolução de 9,4% e 2,9% em 12 e 3 meses, respectivamente.

Para os analistas da Coinvalores, o resultado do banco ficou acima do esperado. O lucro gerencial esperado pelo mercado era de R$ 1,9 bilhão.

“A margem financeira do banco veio bem forte no trimestre e o controle de custos se mostrou bem acertado, com queda nas despesas gerais na comparação com o mesmo período do ano anterior. As despesas com PDD também tiveram forte retração”, escreveram os analistas da Coinvalores em relatório, observando que o resultado é bem recebido pelo mercado.

As despesas de PDD caíram 6,6% no período e totalizaram R$ 2,2 bilhões, enquanto as despesas gerais do banco caíram 7,1% em relação ao primeiro trimestre de 2016, atingindo R$ 4,6 bilhões.

A inadimplência do banco em créditos vencidos há mais de 90 dias caiu de 3,4% para 2,9% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a inadimplência recuou de 3,3% para os atuais 2,9%.

No Brasil, a rentabilidade do banco (o chamado ROE) subiu de 12,6% no primeiro trimestre de 2016 para 15,9% nos três primeiros meses deste ano.

Já a receita do banco cresceu 18,8% em 12 meses e 8,7% no trimestre, atingindo R$ 12,5 bilhões. A receita foi impulsionada pelo crescimento da margem financeira bruta, que subiu 16,7% no trimestre na comparação com o mesmo trimestre do ano passado,e pelas comissões que atingiram R$ 3,7 bilhões no trimestre, um crescimento anual de 24,3%.

As despesas gerais do banco caíram 7,1% em relação ao primeiro trimestre de 2016, atingindo R$ 4,6 bilhões.

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