Economia

Micro e pequenos empresário do comércio e serviços aumentam intenção de investimento

SÃO PAULO - Os micro e pequenos empresários do comércio e serviços aumentaram a intenção de investimentos em seus negócios pelo segundo mês consecutivo, em agosto.

Segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o Indicador de Propensão a Investir passou de 24,2 pontos, em julho, para 28,08, no mês passado.

Presidente da CNDL, Honório Pinheiro avaliou, por meio de nota, que a retomada da economia poderá aumentar o apetite dos micro e pequenos empresários por investimento, mas o cenário ainda é de receio.

No cálculo, quanto mais próximo de 100 pontos, maior a propensão ao investimento, e quanto mais próximo de zero, menor.

Mesmo com o crescimento na passagem do mês, o resultado continua abaixo dos 32,06 alcançados em maio de 2015, pico da série histórica.

Em termos percentuais, 69,9% desses empresários não planejam fazer investimentos nos próximos três meses. O motivo principal, citado por 43,1% dos entrevistados, é a falta de confiança diante da crise.

Outros 38,1% disseram não ver necessidade de investir, enquanto que 14,1% afirmaram ter investido em seus negócios recentemente.

Dentre os 21,1% que pretendiam realizar investimentos nos 90 dias seguintes, 32,2% revelaram que a prioridade é na compra de equipamentos, maquinários e computadores.

O investimento em mídia e propaganda foi a segunda resposta mais mencionada, por 28,2%.

 
DEMANDA DE CRÉDITO

Em agosto, o Indicador de Demanda por Crédito MPE de Varejo e Serviços registrou crescimento em relação a julho, passando de 10,78 pontos para 15,47. O número é um pouco superior ao registro do mesmo mês de 2015, de 13,85 pontos.

Segundo a pesquisa, apenas 7,6% dos empresários têm intenção de contratar crédito para seus negócios nos próximos três meses, enquanto que 82,2% não tem essa pretensão. O principal motivo da negativa, para 36,2%, é a condição de manter suas empresas com recursos próprios. Já 32,1% disseram que não pretendem contratar recursos de terceiros no momento por estarem inseguros com as condições econômicas do País.

Para os 35,5% que dizem estar difícil contratar crédito no mercado, o excesso de burocracia foi o motivo mais citado para esta dificuldade (44,7%). Em seguida foram mencionadas as elevadas taxas de juros (29,6%). Já para os que julgam ser fácil contrair crédito, o bom relacionamento com o banco é a principal razão, mencionado por 30,6% dos entrevistados.

Marco Bissi

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