Tecnologia

Computação cognitiva e digitalização de canais prometem revolucionar indústria financeira

Relatório da Icaro Tech aponta tendências e tecnologias que pautarão movimentos dos players até 2020

A era digital exige que o setor financeiro continue quebrando paradigmas para avançar na transformação do setor. Até 2020, a modernização dos processos de middle e back-office, a customer experience, os canais digitais, os meios de pagamento e a computação cognitiva deverão pautar os movimentos da indústria visando vencer os desafios que se colocam à sua frente. As cinco tendências foram apontadas pelo e-Book desenvolvido pela Icaro Tech, especializada em soluções de gerência e analytics voltadas para a inteligência das operações.

Disponível para download gratuito, o e-Book traz um panorama geral das mudanças e das inovações que ajudarão na transição. “É importante que os players se preparem para a nova realidade. No cenário, temos a desbancarização dos investimentos e o avanço do ambiente digital que exige um olhar especial para o cliente, com foco em qualidade e eficiência”, diz Kleber Stroeh, sócio e Chief Technology Officer da Icaro Tech, em entrevista para o portal de Executivos Financeiros. “As fintechs estão aí com novas ofertas e serviços inovadores para ganhar espaço no mercado”, lembra ele.

Além de apontar as tendências tecnológicas, o relatório mostra as soluções que se destacam na tomada de decisões dos profissionais de TI e de negócios do setor.

No caso dos bancos, a desintermediação tornou-se um desafio com a entrada de players mais ágeis e especializados. “No mercado americano, por exemplo, as corretoras independentes destacam-se nos investimentos em bolsas”, explica o sócio da Icaro Tech.

As instituições financeiras investem pesado na interação com clientes, introduzindo novas ferramentas para ampliar canais de atendimento e melhorar a experiência do usuário. Em contrapartida, precisam fazer a lição de casa e modernizar os processos de middle e back-office para dar suporte ao front-office, que terá como carro-chefe os canais digitais.

O conceito de “customer experience” tem muito para evoluir com o avanço dos smart devices, do Big Data e analytics, das mídias sociais e dos aplicativos que podem gerar informações valiosas para vencer a concorrência, como apontou o estudo.

“Entre as diversas novidades, a tecnologia pervasiva promete simplicidade e conveniência ao cliente, aprimorando a sua experiência. O atendimento será mais agradável e customizado”, antevê Stroeh.

Ferramentas e metodologias ágeis

Os canais digitais, que já representam mais da metade das transações segundo a Febraban, dependem da adoção de ferramentas de desenvolvimento e metodologias ágeis e sistemas de segurança. Mobile payment com tecnologias BLE e NFC – que já fazem parte da nova geração de POS – abrem espaço para outros modelos de negócios. O segmento inclui a expansão da carteira digital e do uso de dispositivos conectados, em especial os de pagamento por presença, entre outros recursos.  

Como aponta o relatório, estudos do IBM Institute for Business Value revelam que a computação cognitiva deverá transformar radicalmente a indústria, desde a forma de interação até os elementos para a tomada de decisões. Com apoio das soluções de analytics, as instituições poderão processar um grande volume de dados, identificando tendências e aprendizados, melhorando a oferta de serviços sob medida para os clientes.

Reconhecimento de voz e assistentes pessoais inteligentes como Apple Siri, Google Now, entre outros, completarão o atendimento interativo, com a troca de menus de aplicações e interfaces por diálogos em linguagem natural entre usuários e sistemas. “Ferramentas high tech vão introduzir mais inteligência ao sistema e ajudarão o cliente a consumir de forma racional”, conclui o executivo da Icaro Tech.

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