Certamente algumas pessoas se perguntam: para que vou contratar os serviços de um consultor para a minha empresa, uma vez que, por méritos únicos e exclusivos meus, consegui montar, desenvolver, ampliar, conquistar mercado, criar empregos e gerar resultados? O que um consultor pode fazer pela minha empresa? Não será uma perda de tempo e de dinheiro contratá-lo? Estes são alguns dos dilemas por que passam os proprietários das empresas, quando se deparam com uma proposta de oferta de serviços nesta área.

Sem querer discordar do pensamento destes empresários que, realmente tiveram a audácia de construir sua empresa, arriscar seu capital e trabalho, empreendendo seus ideais num mercado instável e conturbado como é o mercado brasileiro, onde a economia sofre todo tipo de variações, surpresas e sobressaltos, onde a atividade, tanto industrial quanto comercial ou de serviços passa por altos e baixos, onde as regras do jogo são mudadas no decorrer da partida, onde os planos político-econômico-sociais, ainda em fase embrionária são alterados constantemente, onde, em busca de um perfil próprio, que defina uma característica nossa, própria, com a etiqueta “MADE IN BRAZIL”, ainda é tentado e perseguido, onde com tantas variações de mercado, mercado este, cada vez mais competitivo, numa abertura desenfreada, globalizada, onde entramos em campo necessitando ganhar o jogo de virada, pois, já iniciamos perdendo por dois ou três gols de diferença, onde nossos concorrentes, mais bem equipados, com mais experiência, tecnologia, com custo de capital infinitamente menor adentram em nosso mercado, esfacelando nosso trabalho, destruindo nosso produto, tanto material quanto intelectual, transformando nossos sonhos em meros processos sem competência, qualidade, competitividade e valor.

Pergunta então: onde e como um consultor pode influenciar ou colaborar? Que diferencial pode ele proporcionar? O que pode, este consultor, agregar de positivo em nosso empreendimento? Quanto à influência e abertura externa, nada.

Quanto às mudanças das regras, após ter iniciado a partida, nada.

Porém, com referência a virarmos o jogo, a mudarmos a forma de atuação no mercado, a tornar nossos processos e produtos competitivos, transformar nossas deficiências em criatividade, transformarmos nossos sonhos em realidade, para isso sim, o consultor é a pessoa certa, o homem da hora, o parceiro ideal para auxiliar o empreendedor a dar a volta por cima, surpreender tanto o mercado quanto os clientes com novos produtos, novos processos, nova metodologia de serviços e forma de atendimento, novo modelo econômico visando, no primeiro momento, a manutenção de sua empresa no mercado e posteriormente, a ampliação e conquista de novos mercados.

O consultor não é milagreiro, porém, pode contribuir, e muito, no desenvolvimento do processo, no planejamento das atividades, na condução dos negócios e principalmente, na minimização dos custos, tanto operacionais, quanto tributários, fiscais e sociais.

O empresário, raramente tem tempo para acompanhar, analisar e estudar as constantes mudanças nas regras de mercado, tanto operacionais, quanto financeiras, as alterações na legislação, tanto tributária, fiscal, quanto social e previdenciária, que irão influenciar diretamente, nas decisões estratégicas de sua empresa.

Na maioria das vezes, a correta forma de constituição societária, o modo ideal de alocação dos recursos, o planejamento das operações e o conhecimento das alterações na legislação, permitem que se anteceda ao fato gerador, que se visualize com antecedência, os resultados operacionais, que se planeje estrategicamente as atividades e atitudes com relação a toda e qualquer decisão, por mais insignificante que possa parecer.

Tendo sempre em mente que, as grandes decisões, como regra, são tomadas levando-se em conta as pequenas sugestões.

Por fim, o consultor inicia seu trabalho, com a análise do passado, o planejando no presente, das atividades do futuro.